O Parque Zoobotânico Mangal das Garças ganhou um novo morador: Alba, o Geranoetus albicadatus, popularmente conhecido como Gavião de Cauda Branca. Após um período de reeducação e adaptação, o animal, que possui ampla ocorrência na América do Sul, será integrado à fauna do Parque, e os visitantes poderão conhecê-lo no próximo domingo (19), durante a programação do Projeto Momento Ecozoo.
O gavião foi cedido pelo DEMA – Unidade Integrada de Polícia do Meio Ambiente, em Belém, ao Projeto Harpia, dedicado à recuperação de aves de rapina feridas, onde foi batizado como Alba. O fundador desse projeto, o biólogo Felipe Furtado, foi quem doou a ave ao Mangal das Garças.
Alba foi resgatado ainda filhote, com uma fratura na asa, condição que impossibilitou seu retorno à natureza devido à dificuldade para uma ave de rapina com fratura competir por alimento. O animal iniciou seu processo de readaptação no Mangal há quase um ano.
Os Gaviões de Cauda Branca são especialistas em planar e observar suas presas, como pequenos mamíferos, ratos e presas maiores, como coelhos silvestres, preás e até mesmo cutias. A espécie consegue se camuflar entre os urubus enquanto plana, fazendo com que as presas fiquem desprevenidas.
Camilo González, veterinário do complexo, destaca que o Mangal também está comprometido em mostrar a importância das aves de rapina no controle de populações, além de ressaltar as características sofisticadas desses animais.
“O Parque também está engajado em afugentar fauna sinantrópica indesejada, que seriam os pombos. Como eles são transmissores de doenças, buscamos formas de afastá-los de maneira que não os machuque, utilizando aves de rapina residentes no complexo para afugentá-los. Esse trabalho preventivo visa proteger a saúde dos animais no local e permite a interação cuidadosa entre as espécies no ambiente”, explica o veterinário.
Alba poderá ser visto de perto pelo público no próximo domingo, 19 de novembro, quando será apresentado no projeto de educação ambiental “Momento EcoZoo” realizado mensalmente no Parque, no qual os tratadores do Mangal apresentam um animal pertencente à fauna do complexo. O projeto visa estimular, principalmente entre as crianças, o respeito e o cuidado com a natureza. A programação é gratuita e irá ocorrer às 9h30, no entorno do Memorial Amazônico da Navegação.
Texto por Bianca Portela/Ascom OS Pará 2000