Em parceria com o Batalhão da Polícia Ambiental, o Parque acolhe, reabilita e deixa o animal em condições de voltar ao habitat natural
Todos os anos, o Parque Zoobotânico Mangal das Garças, em Belém, acolhe diversos animais resgatados em situação de maus-tratos ou vítimas de acidentes ou vítimas de tráfico. No local, eles passam por reabilitação e posterior avaliação, visando ao retorno ao habitat natural. A administração do Parque, no entanto, ressalta que o trabalho é desenvolvido em parceria com a Batalhão da Polícia Ambiental (BPA), órgão responsável pelo resgate e acolhimento inicial dos animais.
Basílio Guerreiro, biólogo do Mangal das Garças, conta que recentemente um bicho-preguiça (Bradypus variegatus) foi abandonado em frente ao Parque, sujo e assustado. Após cuidados e avaliação médica e comportamental, pela equipe técnica do Mangal, o animal foi considerado apto para retornar à natureza.
“Temos muito orgulho do trabalho de acolhimento realizado aqui no Mangal, por meio do qual prezamos sempre pelo bem-estar dos animais. No entanto, é importante salientar que o Parque não é uma instituição de recebimento de animal de pessoa física. Caso alguém encontre um animal em situação de vulnerabilidade, deve acionar o Batalhão de Polícia Ambiental para fazer a busca, resgate ou apreensão”, orienta o biólogo.
Basílio Guerreiro explica ainda que não é recomendada a manipulação de animais encontrados com ferimento, vítimas de maus-tratos ou acidentes. “Não se sabe sobre a existência de fratura ou doença transmissível aos seres humanos, por exemplo, e a Polícia Ambiental está preparada para este tipo de demanda”, afirma.
O biólogo esclarece que, em casos em que o animal esteja contido por quem o resgatou, o procedimento correto é entregá-lo à Gerência de Fauna da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), no Parque Estadual do Utinga “Camillo Vianna”.
Serviço: Parque Mangal das Garças. Aberto ao público de terça-feira a domingo, das 08 às 18 h (fecha somente às segundas para manutenção). Entrada gratuita no Parque. Para algumas atrações monitoradas é cobrado o valor de R$ 7,00 cada, ou R$ 20,00 para todas as atrações: Viveiro das Aningas, Museu Amazônico da Navegação, Farol e reserva José Márcio Ayres (borboletário).
Texto: Beatriz Santos – Ascom/OS Pará 2000