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Dia Nacional da Botânica: Parque Mangal das Garças é referência de área verde em Belém

O Dia da Botânica é comemorado em 17 de abril e serve para lembrar o mundo sobre a importância das plantas, bem como de estudos a respeito delas. O Parque Zoobotânico Mangal das Garças, em Belém, é composto por vários jardins e áreas de mata, que, além de ser aberto à visitação do público, tem o importante papel de abrigar e cultivar espécies da flora e fauna amazônicas. 

Os visitantes encontram no Parque Zoobotânico Mangal das Garças um espaço de conservação e contemplação da natureza. O Mangal tem como flora característica a várzea do estuário amazônico, com presença de vegetação tanto na área de maré, quanto na parte aterrada do parque.

Foto: Basílio Guerreiro

No Parque é possível observar plantas características das diferentes áreas da floresta amazônica: Mata de igapó, mata de várzea e mata de terra firme. São realizadas adubações frequentes, podas de formação e incorporação de novas espécies sempre que possível, aumentando ainda mais a diversidade da flora local. 

“A preocupação com a vegetação nativa foi um dos traços marcantes da construção do parque. Todas as árvores originais foram mantidas e preservadas. Foi feita também a recuperação do aningal, além da inserção de vegetação com características das três grandes regiões florísticas do estado, tudo para criar um ambiente naturalístico”, conta Basílio Guerreiro, biólogo do Mangal.

O plantio de diversas espécies vegetais amazônicas, de forração, arbustiva e arbórea incorporou ao local uma área verde que colore o complexo e é abrigo para uma diversificada fauna. Essas e outras condições permitem ao local não só aproximar a população da natureza, mas valorizar, preservar e promover diariamente o cuidado e o respeito ao meio ambiente.

Apesar da influência da maré, o parque dispõe das mais variadas espécies. Um dos fatores que permite o crescimento de outras árvores é a presença da aninga (Montrichardia linifera), espécie de planta herbácea invasora da família das aráceas, que pode chegar a 10 metros de altura. O aningal cria condições de sombra e colabora para a sobrevivência de outras árvores.

“Dentro da reserva José Márcio  Ayres ou borboletário, como as pessoa costumam chamar, temos exemplares da  orquídea Stanhopea grandiflora, que é exclusiva da Amazônia legal e internacional, de fácil cultivo, que floresce somente no período chuvoso e tem um perfume intenso. As flores duram cerca de 3 dias”, conta Guerreiro. 

Espécies típicas

Entre as espécies de área alagada componentes da flora regional, o Mangal dispõe do açaizeiro, buritizeiro, taperebazeiro, a monguba e a mamorana, os quais produzem frutas típicas da região. Já na área aterrada, os visitantes podem conhecer de perto árvores exóticas e típicas da Amazônia, como o mogno, o cedro, a seringueira, o andirauxí, a cuieira e a bacaba.

Foto: Basílio Guerreiro

Algumas espécies do parque servem como alimentação para os animais que vivem no local. Conforme explica Basílio Guerreiro, “muitas plantas e frutos servem para alimentação das aves que habitam o parque. O amendoim forrageiro, que é uma planta utilizada no paisagismo do parque, serve também para alimentação das iguanas”, informou.

No Mangal também é possível observar espécies que estão ameaçadas, como o pau-rosa, ucuúba e Pau-Brasil, esta última, apesar de ser uma espécie da Mata Atlântica, possui exemplares no parque, propiciando aos visitantes a oportunidade de conhecê-las.

Espaços

Os jardins naturalísticos comportam diversas espécies que podem ser observadas no cotidiano paraense, por exemplo, a cuieira, espécie que dá origem à cuia onde se serve o famoso tacacá. Essa e outras espécies da flora amazônica têm diversos usos, entre eles, a confecção de artesanatos, produção de óleos essenciais, utilização para fins madeireiros e medicinais, entre outros. 

Além de contemplar uma das maiores amostras da bela e rica flora amazônica, no Mangal das Garças o visitante pode prestigiar espaços como o Museu Amazônico da Navegação, Farol de Belém e a Reserva José Márcio Ayres – borboletário,  além de poder acompanhar a alimentação dos animais e soltura das borboletas que nascem diariamente,  e participar de visitas guiadas com agendamento prévio.

Foto: Basílio Guerreiro

Também é possível fazer lanches rápidos em quiosques de comidas típicas, sucos e sorvetes regionais, e almoçar ou jantar no restaurante Manjar das Garças. O parque funciona todos os dias, exceto às segundas-feiras, sempre de 8h às 18h, com entrada gratuita.

Texto de Beatriz Santos / Ascom OS Pará 2000

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