É com enorme pesar que a Organização Social Pará 2000 informa que o Gavião Alba, parte da família do Parque Zoobotânico Mangal das Garças, faleceu nesta quarta-feira, 29 de janeiro, após infecção intestinal. Mesmo recebendo todo o tratamento necessário, não resistiu.
Alba foi resgatado ainda filhote, com uma fratura na asa, condição que impossibilitou seu retorno à natureza devido à dificuldade para uma ave de rapina com fratura competir por alimento. O gavião foi cedido pelo DEMA – Unidade Integrada de Polícia do Meio Ambiente, em Belém, ao Projeto Harpia, dedicado à recuperação de aves de rapina feridas, onde foi batizado como Alba. O fundador desse projeto, o biólogo Felipe Furtado, foi quem doou a ave ao Mangal das Garças.
“O Alba deixa um legado importante para o Mangal, sendo um dos primeiros animais a participar da exibição de falcoaria ao ar livre. Ele esteve em exibição por mais de um ano e meio, permitindo que o público acompanhasse todo o processo. Durante esse tempo, formamos funcionários e estagiários, capacitando-os em falcoaria e educação ambiental, alcançando muitas pessoas que aprenderam sobre a espécie, conservação e as ameaças que ela enfrenta. Embora o período tenha sido curto, os resultados foram robustos. A cada saída com o Alba, víamos a admiração dos visitantes, que se surpreendiam e ficavam felizes. Ele também deixou um legado de formação, com estagiários e funcionários aprendendo sobre falcoaria, manejo de aves e rapinantes. Queremos continuar esse trabalho, mantendo vivo o propósito iniciado com o Alba e transmitindo esse aprendizado para todos que chegam ao Mangal”, comenta Camilo González, veterinário do Parque.
Alba passou os seus dias recebendo muito carinho de todos os visitantes, que se encantavam com seus voos e treinamento, e de toda a equipe técnica do Mangal que sempre garantiram todos os cuidados possíveis para manter o bem-estar, proporcionando uma vida saudável e feliz para o gavião.
Texto por Bianca Portela – Ascom OS Pará 2000