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O projeto Flora do Utinga, parceria entre o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio) e o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), identifica árvores no Parque Estadual que podem atingir até 40 metros de altura e 100 centímetros de diâmetro, o que é considerado um porte gigantesco.

No dia da árvore, Mangal das Garças e Parque do Utinga são reservas fundamentais à cidade

O projeto Flora do Utinga, parceria entre o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio) e o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), identifica árvores no Parque Estadual que podem atingir até 40 metros de altura e 100 centímetros de diâmetro, o que é considerado um porte gigantesco.

O dia 21 de setembro foi a data criada para a conscientização das pessoas com relação à importância das árvores, da preservação do meio-ambiente e do combate ao desmatamento, um dos grandes males que assolam a natureza. O Parque do Utinga e o Mangal das Garças são duas grandes reservas ambientais que representam muito bem a indispensável presença de áreas verdes nas cidades.

São diversas as contribuições das árvores para o planeta: aumento da umidade do ar, combate a erosões, produção de oxigênio no processo de fotossíntese, redução da temperatura, além de fornecerem sombra e abrigo para algumas espécies de animais. Todas essas características demonstram como as áreas verdes são essenciais para a vida na Terra.

“Apesar de estarmos localizados no meio da Amazônia, Belém é pouco arborizada. Não estamos nem entre as dez cidades mais arborizadas do Brasil. O Parque Zoobotânico Mangal das Garças contribui significativamente com para o clima da capital, uma vez que reduz as temperaturas na área urbana e ameniza os efeitos das ilhas de calor, além de diminuir a poluição”, explica Basílio Guerreiro, biólogo do Mangal.

As árvores auxiliam também na respiração humana. Quando adultas, através da fotossíntese, as árvores conseguem absorver cerca de 22 de quilos de gás carbônico em um ano, produzindo oxigênio suficiente para a respiração de dois adultos.

No Parque Estadual do Utinga Camillo Vianna, logo após o pórtico de entrada, há uma majestosa samaumeira (Ceiba Pentandra) que chama a atenção pelo tamanho e pela beleza. A árvore já se tornou símbolo do local e foi batizada carinhosamente de “Pávula”, da expressão paraense “cheia de pavulagem”, cujo significado é: aquela que é exaltada e se enaltece.

“As árvores garantem a sobrevivência de milhares de espécies com a produção de frutos e são essenciais para o ecossistema como um todo. São grandes riquezas do nosso planeta. Plantar, cuidar e preservar é uma responsabilidade de todos, em prol do fortalecimento da natureza”, ressaltou Karla Bengtson, presidente do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-bio), que administra o Peut em conjunto com a OS Pará 2000.

CURIOSIDADES

O que são ilhas de calor?

Ilha de calor é um fenômeno climático que ocorre principalmente nas cidades com elevado grau de urbanização. Nestas cidades, a temperatura média costuma ser mais elevada do que nas regiões rurais próximas. Cidades que possuem grande concentração de asfalto (ruas, avenidas) e concreto (prédios, casas e outras construções), costumam concentrar mais calor, criando as chamadas ilhas de calor, onde a temperatura fica acima da média e a umidade relativa do ar também fica baixa. Outros fatores que favorecem o aumento da temperatura são: pouca quantidade de verde (árvores e plantas) e alto índice de poluição atmosférica.

Saiba mais sobre a Samaumeira

Na floresta ou em qualquer outra paisagem, ela ganha destaque. Sua majestade lhe rendeu o título de “rainha das matas” e “árvore da vida”, designação mais do que justa à samaumeira, uma das espécies mais belas da Amazônia. O reconhecimento como imperatriz da floresta vem da opulência da samaumeira, que na natureza pode atingir até 60 metros de altura e três metros de diâmetro de caule. Generosa, a mãe da floresta abraça animais e viajantes com suas raízes, e oferece o conforto da sombra de sua copa para um descanso.

Por ser uma espécie de ambientes alagados, como as várzeas, a samaumeira possui elevada quantidade de água em sua estrutura, o que auxilia no seu crescimento. A raiz da samaúma, conhecida como sapopema, é extensa, achatada e ligada ao tronco, sendo o principal elemento que caracteriza a espécie. Em contato com outros objetos, emite uma sonoridade que auxilia na comunicação e orienta as pessoas que transitam nas florestas. Assim como a raiz, a copa da samaumeira é ampla, volumosa e suas folhas alongadas possuem até sete divisões (ou folíolos).

Programação diária no Mangal das Garças:
Soltura das borboletas no Borboletário: 10h e 16h (monitorado)
– Passeio da Coruja Olívia: de terça a domingo – 17h
– Alimentação das garças no Recanto da Curva: 11h, 15h, 17h30.

SERVIÇO

Parque zoobotânico Mangal das Garças
Para acesso e permanência no Mangal das Garças é obrigatório o uso de máscara. O espaço funciona de terça a domingo, das 8h às 18h; e fecha às segundas para manutenção.
A unidade espaços de visitação monitorada, sendo estes o Farol, Viveiro das Aningas, Museu Amazônico da Navegação e a reserva José Márcio Ayres (borboletário).Para visitação é necessário adquirir o ingresso por R$ 5,00 cada ou R$ 15, 00 para todos. Às terças a visitação ao Museu é gratuita.

 Parque Estadual do Utinga:
Parque Estadual do Utinga Camillo Vianna. Funcionamento de terça a domingo – das 06 às 17h. Fechado às terças-feiras para manutenção. Entrada franca.

*Texto de Gabriel Nascimento (OS Pará 2000).

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