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Mangal das Garças apresenta as mais novas moradoras do espaço: Gal e Margot

A coruja Gal e a araracanga Margot chegaram ao Parque após serem vítimas de maus-tratos, mas passaram por cuidados e reabilitação antes de circularem no local

Foto: divulgação

O Parque Zoobotânico Mangal das Garças agora conta com duas novas moradoras: uma araracanga (Ara macao) de aproximadamente 10 meses de idade, que recebeu o nome de Margot, e a coruja Suindara (Tyto furcata), também conhecida como coruja-de-igreja ou rasga-mortalha, batizada como Gal. As aves passaram a compor a fauna do Parque, junto de outras diversas espécies que podem ser vistas pelo público de terça a domingo, de 8h às 18h, gratuitamente.  

O Mangal das Garças é reconhecido nacionalmente pelo trabalho realizado com animais, especialmente em se tratando de reprodução e reabilitação de aves. O Parque é o primeiro do Brasil a realizar a reprodução assistida do Guará, atividade que já repercutiu em diversas permutas com outras instituições brasileiras. O serviço desempenhado na recuperação e readaptação de aves vítimas de maus tratos, acidentes ou contrabando também é destaque nacional. 

Diversas espécies chegam ao Parque por meio do Batalhão da Polícia Ambiental (BPA) e da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMAS), onde recebem todo o aparato de que precisam para melhorar a qualidade de vida após traumas e mutilações. 

Margot – Foi o caso da araracanga Margot, encontrada pelo BPA em uma feira de Belém, sendo comercializada. A ave apresentava as asas cortadas e tinha sinais de maus tratos, desidratação e problemas de nutrição. Após um período de exames e tratamento na Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), a Margot foi encaminhada ao Mangal por meio da Semas. 

Foto: divulgação

“A Margot tem aproximadamente 10 meses e é muito dócil. Ela está evoluindo bem em termos de manejo alimentar e comportamental. Estamos procurando adaptá-la a um local que a deixe confortável e com o mínimo de estresse. Por ser muito jovem, ela não poderá ficar na ilha das araras, pois todos os animais que vivem lá são territorialistas e ela não ficaria bem sem saber se defender”, explica Basílio Guerreiro, biólogo do Parque.

Curiosidade: A araracanga (Ara macao) tem como principal característica o corpo pequeno e a cauda bastante longa. É um animal exclusivo da Amazônia, tanto legal quanto internacional.

Gal – A coruja Suindara (Tyto furcata), carinhosamente batizada como Gal, também chegou ao Mangal das Garças por meio do BPA, que foi acionado por um grupo de pessoas que encontrou a ave de cerca de 3 meses de idade abandonada na rua. O BPA resgatou a coruja e a trouxe para o Parque, onde realizou exames de imagem e laboratoriais que atestaram a saúde do espécime. Gal vai ser integrada aos poucos ao grupo de rapinantes e em breve fará parte do projeto de educação ambiental do Mangal. 

Foto: Divulgação

Curiosidade: A coruja Suindara (Tyto furcata) é uma espécie bastante abundante no Brasil, concentrando-se mais nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul principalmente. Também conhecida como coruja-de-igreja, e, em muitos estados como rasga-mortalha, as pessoas acreditam que, ao passar cantando em cima das casas, a ave anuncia a morte. Por este motivo, o animal acabou sendo estigmatizado como ave de agouro, e, por falta de informação, a coruja acaba sendo bastante perseguida e morta.

A coruja Gal pode ser vista passeando pelo Parque de terça a sexta, às 17h. Já a araracanga Margot ainda está passando por um período de adaptação e posteriormente será inserida no Viveiro das Aningas.  Todos os animais que compõe a fauna do Mangal das Garças podem ser vistos pelo público dentro do horário de funcionamento do Parque: de terça a domingo, de 8h às 18h, com entrada franca, sendo apenas cobrado bilhete em alguns espaços dentro do local. 

Serviço: 
Mangal das Garças – R. Carneiro da Rocha, s/n – Cidade Velha, Belém – PA 
Aberto de terça a domingo, das 8h às 18h, com entrada franca (exceto nos espaços monitorados).
Espaços monitorados: Reserva José Márcio Ayres – borboletário/ Viveiro das Aningas/ Farol de Belém/ Memorial Amazônico da Navegação. 

Texto: Beatriz Santos/Ascom OS Pará 2000

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