O Parque Zoobotânico Mangal das Garças recebeu um grupo de estudantes da ação Protetores do Mangue, dentro do projeto Mangues da Amazônia. A visita ocorreu na última sexta-feira e o grupo teve a oportunidade de conhecer um pouco sobre o complexo.
Junto à equipe técnica, que recepcionou e guiou os visitantes, o grupo teve a oportunidade de aprender sobre a história do Mangal das Garças, curiosidades sobre vários animais, visitar os espaços monitorados e tirar dúvidas sobre qualquer tipo de vida que habita o Parque.

A ação Jovens Protetores do Mangue (PROMANGUE) tem como objetivo formar jovens protetores do manguezal para atuarem em seus próprios territórios. Ao longo de diversos encontros, os participantes recebem oficinas sobre temas como serviços ecossistêmicos dos manguezais, comunicação não violenta, vídeo de bolso, direitos humanos, entre outros.
Atuando em Bragança, Viseu, Augusto Corrêa e em Tracuateua, o Projeto Mangue da Amazônia ocorre desde 2021 e já visitou o Parque com outros grupos. “Nessa visita, estamos trazendo os protetores do Mangue, que é um grupo dentro do nosso projeto em que trabalhamos com a juventude. Nossos jovens têm aulas de educação ambiental, além de abordarmos temas que atravessam o cotidiano deles, como racismo, violência de gênero e outras questões sociais. Também realizamos intercâmbios de visitas para que eles possam conhecer outros ecossistemas, como estamos fazendo agora em Belém, ampliando o universo deles”, comenta John Gomes, gestor do projeto Mangues da Amazônia, de 35 anos.

A parceria com o Mangal das Garças, estabelecida desde o ano passado, proporciona uma troca de experiências a cada visita. Os membros do projeto compartilham sua vivência cotidiana com os animais relacionados ao manguezal, enquanto o Mangal das Garças contribui com sua expertise na reprodução de aves que fazem parte da paisagem comum desses ecossistemas.
“Como técnico responsável pela educação ambiental, me sinto honrado em receber alunos ligados ao projeto Mangues da Amazônia, que é uma iniciativa que cuida dos ecossistemas costeiros do nosso estado e tem um papel fundamental na preservação do meio ambiente. Eu já fiz parte do laboratório no qual o projeto está ligado, então é sempre um prazer gigante ver o desenvolvimento de ações ligadas aos manguezais. Sempre que possível, recebemos estudantes desta iniciativa e de outras, tanto para ter contato com o conhecimento quanto com a experiência do Parque”, comenta Basílio Guerreiro, biólogo do Mangal.
Juliane, de 14 anos, estudante, já faz parte do projeto há 5 meses e falou sobre sua experiência no Mangal. “A experiência foi muito boa, na Vila Santo André tínhamos poucas aulas no Mangue, e aqui tivemos várias discussões diferentes. Foi minha primeira vez no Mangal. Foi muito legal subir no farol, fiquei com um pouco de medo na hora, mas foi bem legal.”
A visita monitorada pode ser realizada por universidades e grupos interessados, sempre com agendamento prévio solicitado via e-mail, pelo endereço infomangal@para2000.com.br. Ao participar da visita guiada, alunos de instituições públicas têm acesso gratuito aos espaços monitorados, e alunos e professores de escolas particulares pagam meia entrada.

Texto por Bianca Portela – Ascom OS Pará 2000